The Pulse of Everyday Life [EN/PT]

The everyday life of people says many things to a keen observer. Just look at the flow for a few moments and we will perceive people going to their destinations, each with their thoughts, goals, and concerns. It's subtle and profound. It's just the everyday and another day will pass. People return to their homes, eat with their families, and prepare for another day. Time passes but the trajectories are the same, the movement is the same, and the marks remain, leaving all this turmoil prepared for the next generations.

We try to make room for understanding. The mystery attracts us, the details go unnoticed, the sun rises and then sets, day after day. What remains marked are the most impactful memories: that first kiss, the beginning of a cycle, goals achieved, and when someone leaves, leaving longing behind.

I look out the window from the eleventh floor and see concrete structures that give me a feeling of sadness and loneliness, but if I could see beyond and see the feelings within, would it change my opinion? Would the loneliness still be there?

But if I look down again, I see the movement and with it people carrying their dreams. Coming and going, fulfilling tasks, honoring their commitments. The time down there passes faster and the feeling that everyone carries unconsciously is to return to their cold and lonely walls that keep the company that brings them a good feeling.

What would we be without a safe harbor to return to?

(All images are of my own creation.)

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[PT]

O cotidiano das pessoas diz muitas coisas para um bom observador. Basta olhar para o fluxo por alguns momentos e vamos perceber as pessoas indo para seus destinos, cada um com seus pensamentos, objetivos e preocupações. É sutil e profundo. É apenas o cotidiano e mais um dia passará. Pessoas voltam para seus lares, comem com seus familiares e se preparam para outro dia. O tempo passa, mas as trajetórias são as mesmas, o movimento é o mesmo e as marcas ficam, deixando toda essa agitação preparada para as próximas gerações.

Tentamos abrir espaço para compreensões. O mistério nos atrai, os detalhes passam despercebidos, o sol nasce e depois se põe, dia após dia. O que fica marcado são as memórias mais impactantes: aquele primeiro beijo, o início de um ciclo, metas alcançadas e quando alguém parte deixando saudades.

Eu olho sobre a janela do décimo primeiro andar e vejo estruturas de concreto que me passam a sensação de tristeza e solidão, mas se eu pudesse enxergar além e ver o sentimentos que estão dentro, mudaria minha opinião? A solidão ainda estaria ali?

Mas se volto a olhar para baixo, vejo o movimento e, com ele, as pessoas carregando os seu sonhos. Indo e vindo, cumprindo tarefas, horando seus compromissos. A hora lá em baixo passa mais rápido e o sentimento que todos carregam consigo, de forma inconsciente, é voltar para suas paredes frias e solitárias que guardam a companhia que lhes traz um sentimento bom.

O que seria de nós sem um porto seguro para o qual voltar?

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