My First Impressions of Great Expectations - Charles Dickens // Minhas primeiras impressões de Grandes Esperanças - Charles Dickens

In volume I, in my opinion, Charles Dickens made almost a treatise on child psychology, introducing us to the world of Pip, the main character of this novel. When I talked to a friend who was about to start reading this book, she told me, "Get ready to cry!" But I had no idea what weakness in my soul this book was going to hit.

The entire book is written in the first person, from Pip's perspective, starting the story when he was still a boy of eight years old at most, and as the pages turn, it grows; and, with that, we notice several subtleties in Pip's thinking, her insecurities, anxieties and desires. He lost his parents at an early age and was raised by his sister and husband Joe. Pip's sister was not a caring person and the little one was beaten a lot. They lived a very simple life and the destiny of the main character had already been traced to being a blacksmith's apprentice, until one day he was invited to visit a lady's mansion, and he saw life from another perspective, then beginning to feel ashamed of its reality in the smithy.

Much of the book, from there, revolves around his struggle of not being able to be proud of his life, dreaming of being, one day, a gentleman. Even more when he meets Estella, a girl his own age who lives in the mansion he went to visit, and who treated him with such superiority that, at that moment, we can see, it was the first time that Pip felt ashamed of himself. Still, even as a child, he fell deeply in love with Estella.

Charles Dickens lived in London at a time when the city was starting to grow considerably, due to the rural exodus and we can see some comments in Great Expectations that talk about this and the situation in the city at the time.

Even if the story takes place in the Victorian Era of England, we can identify with some situations of the character, as Dickens manages to transport us through our memories by describing so thoroughly what goes on in a child's head.

There is an excerpt from the first volume in which he describes one of Pip's clashes in which he says he suffers, and the author points out through his words that our little ones suffer precisely because the world from their perspective is small and the problems that for us they look small, for them they are huge! This passage has been echoing in my mind for days and I've even changed my approach to my daughter. Even this could even be a topic about "neurocompatible breeding"!

The first book I read by this author was The Life of Jesus, a short story that Dickens wrote to catechize his children and which, at the time, he did not intend to publish it properly, but Thank God we were given this gift. In this first book we can see the care with which the author searches for words to make his little ones understand the trajectory without losing its charm.

No volume I, na minha opinião, Charles Dickens fez quase um tratado sobre a psicologia infantil, aos nos apresentar o mundo de Pip, o personagem principal deste romance. Quando conversei com uma amiga que iria começar a ler este livro, ela me disse: "Se prepare para chorar!" Mas eu não imaginava em que ponto fraco da minha alma este livro ia atingir.

Todo o livro é escrito na primeira pessoa, sob a perspectiva de Pip, iniciando a história quando ele ainda era um menino de no máximo oito anos e conforme as páginas vão virando, ele vai crescendo; e, com isso, percebemos várias sutilezas no pensamento de Pip, suas inseguranças, anseios e desejos. Ele perdeu seus pais muito cedo e foi criado pela sua irmã e o marido, Joe. A irmã de Pip não era uma pessoa carinhosa e o pequeno apanhava muito. Viviam uma vida muito simples e o destino do personagem principal já havia sido traçado a ser aprendiz de ferreiro, até que um dia ele foi convidado a conhecer uma mansão de uma senhora, e viu a vida sob outra perspectiva, começando então a ter vergonha de sua realidade na ferraria.

Boa parte do livro, a partir, daí, gira em torno de seu embate em não conseguir se orgulhar de sua vida, sonhando em ser, um dia, um cavalheiro. Ainda mais quando ele conhece Estella, uma moça da sua idade que vive na mansão que ele foi visitar, e que o tratou com tanta superioridade que, naquele momento podemos perceber, foi a primeira vez que Pip sentiu vergonha de si mesmo. Ainda assim, mesmo criança, se apaixonou profundamente por Estella.

Charles Dickens viveu em Londres em uma época em que a cidade estava começando a crescer consideravelmente, por conta do êxodo rural e podemos perceber alguns comentários em Grandes Esperanças que falam sobre isso e sobre a situação da cidade na época.

Mesmo que a história se passe na Era Vitoriana da Inglaterra, podemos nos identificar com algumas situações do personagem, pois Dickens consegue nos transportar por entre nossas memórias ao descrever tão minuciosamente o que se passa na cabeça de uma criança.

Tem um trecho do primeiro volume em que descreve um dos embates do pequeno Pip em que ele diz sofrer, e o autor pontua por meio de suas palavras que nossos pequenos sofrem justamente porque o mundo sob a perspectiva deles é pequeno e os problemas que para nós parecem pequenos, para eles são enormes! Este trecho ficou ecoando na minha mente por dias e mudei até a abordagem em que me dirijo à minha filha. Inclusive este poderia até ser um tópico sobre "criação neurocompatível"!

O primeiro livro que li deste autor foi A Vida de Nosso Senhor, uma pequena história que Dickens escreveu para catequizar seus filhos e que, na época, não tinha a intenção de publicá-la propriamente, mas Graças a Deus foi nos dado este presente. Neste primeiro livro podemos perceber o cuidado com que o autor procura as palavras para fazer com que seus pequenos consigam entender a trajetória sem que perca o encanto.